A riqueza do Brasil
O Brasil, sempre apontado como a 12ª economia do planeta, acaba de cair para a 31ª posição. A mudança é resultado de uma nova metodologia adotada pelo Banco Mundial que leva em conta não apenas o PIB. Toma em consideração uma série de fatores, incluindo a distribuição de renda (que dá uma medida de justiça social, quesito onde o Brasil anda péssimo desde sempre) e o "capital social". Capital social quer dizer qualificação da população (nível educacional, capacidade de cooperação etc, outro quesito onde o Brasil vai péssimo). Pela nova metodologia, Estados Unidos saem da primeira posição para a quarta.
O critério parece dizer mais claramente da realidade do povo de um país. Veja-se o comparativo com a Espanha: o PIB espanhol é pouco maior que o do Brasil. Mas enquanto a Espanha tem 43 milhões de habitantes, o Brasil tem 180. Ou seja, um bolo quase do mesmo tamanho para uma população mais que quatro vezes maior. Além disso, na Espanha quase todo mundo tem um curso superior, realidade ainda muito distante no Brasil. Mesmo na América do Sul estamos na 4ª posição. Não é prá menos: basta lembrar que argentinos e uruguaios têm uma média de 9 e 8 anos de ensino, contra 5 anos de média para os brasileiros.
A nova metodologia do Banco Mundial acaba, por exemplo, com aquela falsa euforia da década de 80 quando éramos festejados como a 8ª economia do planeta. Sim, em termos brutos, estávamos entre os oito. Em termos relativos, a realidade sempre foi muito diferente, muito mais dura.
A propósito, pela nova avaliação, o país mais rico é a Suiça. O que está muito de acordo com a qualidade de vida da população.
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